O Pearl Jam voltou ao estúdio no começo de 1993, com o desafio de seguir o sucesso comercial de seu primeiro álbum. McCready disse que "A banda havia explodido bem alto e tudo estava bem louco." Lançado em 19 de outubro de 1993, o segundo álbum do Pearl Jam, Vs., vendeu 950.378 cópias em sua primeira semana de lançamento, superando todos os demais álbuns, combinados, do Top 10 da Billboard. Isso definiu o recorde de mais cópias vendidas de um álbum em sua primeira semana de lançamento. Vs. deteve este recorde por cinco anos, até ser quebrado por Double Live, álbum de 1998 de Garth Brooks. Entre álbuns de rock, ele deteve o recorde por sete anos, até Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water, do Limp Bizkit, lançado em 2000. Vs. contou com os singles "Go", "Daughter", "Animals" e "Dissident". A banda decidiu reduzir a escala de seus esforços comerciais, recusando-se a produzir mais videoclipes, após o sucesso massivo de "Jeremy", e optaram por menos entrevistas e aparições televisivas. A turnê do Pearl Jam, àquela época, foi comparada com os hábitos de turnê do Led Zeppelin; Jim DeRogatis disse que a banda "ignorou a imprensa e levou sua música direto aos fãs." Durante a turnê de Vs., a banda definiu um limite nos preços dos ingressos, como forma de tentar evitar os cambistas.
Em 1994, o Pearl Jam estava "lutando em todas as frentes", como definido pelo agente da banda naquela época. A banda ficou enfurecida quando, após dois shows em Chicago, Illinois, descobriu que a Ticketmaster havia adicionado uma taxa de serviço ao preço dos ingressos. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, na época, estava investigando as práticas da companhia, pediu à banda para criar um memorando de suas experiências com a empresa. Gossard e Ament testemunharam em um subcomitê de investigação em Washington, D.C. A banda, eventualmente, cancelou sua turnê do verão de 1994 como forma de protesto. Após o Departamento de Justiça ter arquivado o caso, o Pearl Jam continuou a boicotar a Ticketmaster, recusando-se a tocar em locais que possuíssem contratos com a companhia. DeRogatis notou que, junto ao colapso da Ticketmaster, "a banda se recusou a lançar singles ou fazer clipes; ordenou que seus álbuns fossem lançados em vinil; […] queriam ser como seus heróis dos anos 60, o The Who, lançando dois ou três álbuns por ano". Ele também afirmou que, segundo fontes, a maior parte do terceiro álbum da banda, Vitalogy, fora completada no começo de 1994; todavia, um atraso forçado pela Epic Records — ou a batalha com a Ticketmaster — causaram o atraso no lançamento.
A maioria das faixas de Vitalogy foi escrita e gravada durante pausas na turnê de Vs., e tensões dentro da banda haviam crescido dramaticamente à época. O produtor Brendan O'Brien disse que "Vitalogy foi um pouco tenso. Eu estou sendo educado — tinha alguma coisa implodindo." Após o término das gravações de Vitalogy, o baterista Dave Abbruzzese foi demitido. A banda citou diferenças políticas entre Abbruzesse e os demais membros; por exemplo, o baterista não havia concordado com o boicote à Ticketmaster. Ele foi substituído por Jack Irons, o ex-baterista do Red Hot Chili Peppers que havia dado a primeira fita demo do grupo à Eddie Vedder. A estreia de Irons foi no Bridge School Benefit, evento de Neil Young, em 1994, mas ele não foi oficialmente anunciado como novo baterista da banda até 1995.
Vitalogy foi lançado em 22 de novembro de 1994 em vinil e, duas semanas depois, em 6 de dezembro de 1994, em CD e fita cassete. O CD se tornou o segundo álbum vendido mais rapidamente da história, com mais de 877 mil unidades vendidas em sua primeira semana. Stephen Thomas Erlewine, do Allmusic, disse que "graças à sua [...] produção enxuta, Vitalogy permanece como o álbum mais original e descompromissado do Pearl Jam." Muitas das canções do álbum parecem ser baseadas nas pressões da fama. A música "Spin the Black Circle", uma homenagem aos discos de vinil, ganhou um Grammy Award em 1996 por melhor performance de hard rock. "Better Man", escrita originalmente por Eddie Vedder quando estava na Bad Radio, atingiu a primeira posição da Billboard Mainstream Rock, ficando na lista por oito semanas. Considerada uma "flagrante canção pop" pelo produtor Brendan O'Brien, a banda estava relutante em gravá-la, inicialmente rejeitando-a em Vs. devido a sua acessibilidade.
A banda continuou seu boicote contra a Ticketmaster durante a turnê de 1995 para Vitalogy, mas ficou surpresa por nenhuma outra banda ter se unido à causa. A iniciativa do Pearl Jam de só tocar em locais sem contrato com a Ticketmaster impediu-os de fazer, praticamente, quaisquer shows nos Estados Unidos por três anos. Ament, mais tarde, disse: "Nós fomos tão cabeça-dura sobre a turnê de 1995. Tivemos de provar que podíamos excursionar por nós mesmos, e isso meio que nos matou, matou nossa carreira." No mesmo ano, o Pearl Jam tocou com Neil Young — notado como uma intensa influência para a banda — em seu álbum Mirror Ball e, ainda que obrigações contratuais tenham impedido que o nome da banda aparecesse em qualquer lugar do disco, todos os membros receberam créditos individuais. Duas músicas das sessões de gravação foram deixadas de fora de Mirror Ball: "I Got Id" e "Long Road", que seriam lançadas separadamentes pelo Pearl Jam em Merkin Ball, EP de 1995.
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