O Pearl Jam entrou no estúdio London Bridge em março de 1991, para a gravação do seu primeiro álbum, Ten. McCready disse que "Ten foi sobretudo Stone e Jeff; eu e Eddie estávamos 'de carona' naquela época." Krusen deixou a banda em maio de 1991, após ter se internado em uma clínica de reabilitação; ele foi substituído por Matt Chamberlain, que havia tocado anteriormente com Edie Brickell & New Bohemians. Após participar de alguns shows — um dos quais foi filmado para o videoclipe de "Alive" — Chamberlain deixou o grupo para integrar a banda do Saturday Night Live. Chamberlain sugeriu Dave Abbruzzese em seu lugar; este uniu-se ao grupo e tocou no restante dos shows da turnê de suporte à Ten.
Lançado em 27 de agosto de 1991, Ten — homenagem ao número da camisa de Mookie Baylock — continha onze faixas que tratavam de assuntos obscuros, como depressão, suicídio, solidão e assassinato. O estilo musical de Ten, influenciado pelo rock clássico, combinou um "vocabulário harmônico expansivo" com um som icônico. Apesar de as vendas iniciais não terem sido muito rápidas, na segunda metade de 1992, tornou-se um sucesso, recebendo certificação de ouro e atingindo a segunda posição da Billboard. De Ten saíram três singles de sucesso: "Alive", "Even Flow" e "Jeremy". Originalmente interpretada com um hino para muitos, Vedder revelou, mais tarde, que "Alive" conta uma história — semi-biográfica — de um filho que descobre que o seu pai, na verdade, é seu padrasto; enquanto isso, a tristeza de sua mãe faz com que ela embrace sexualmente o filho, que se parece muito com o seu pai biológico. A música e o videoclipe de "Jeremy" foram inspirados por uma história real na qual um estudante do ensino médio atira em si próprio na frente de seus colegas de classe. Ten permaneceu na Billboard por mais de dois anos, tornando-se um dos álbuns de rock mais vendidos de sempre, recebendo por 13 vezes a certificação de disco de platina.
Com o sucesso de Ten, o Pearl Jam se tornou um membro-chave da explosão grunge em Seattle, junto de Alice in Chains, Nirvana, e Soundgarden. Todavia, a banda foi criticada pela indústria musical; a revista britânica NME disse que o Pearl Jam estava "tentando roubar dinheiro do bolso das jovens crianças alternativas." Kurt Cobain, do Nirvana, atacou o Pearl Jam ferozmente, afirmando que a banda era um sell-out comercial, dizendo que Ten não era um verdadeiro álbum alternativo por possuir proeminentes linhas de guitarra solo. Mais tarde, entretanto, Cobain se reconciliou com Vedder; eles permaneceram amigos até a morte de Cobain, em 1994.
O Pearl Jam excursionou incessantemente em suporte à Ten. Ament afirmou que "essencialmente, Ten era somente uma desculpa para excursionar", complementando, "Nós dissemos à gravadora, 'Nós sabemos que podemos ser uma grande banda, então somente nos dê a oportunidade de sair e tocar.'" O agente da banda, Kelly Curtis, disse que "Uma vez que as pessoas vinham e os viam ao vivo, essa lâmpada se acendia. Durante a primeira turnê, você meio que sabia que estava acontecendo, e não tinha como parar isso." No começo da carreira do Pearl Jam, a banda se tornou conhecida pelas suas apresentações intensas. Recordando esse tempo, Vedder disse que "[...] tocar música e então ter uma ideia ao gravar uma música, e ter um público e essas coisas, é como uma força indomável... [...] Isso vem apenas de abrir os portões." Em 1992, o Pearl Jam realizou aparições televisivas no Saturday Night Live e no MTV Unplugged, além de tocar no Lollapalooza, que também contou com Red Hot Chili Peppers, Soundgarden e Ministry, dentre outros conjuntos. Ainda naquele ano, contribuíram com duas músicas — "State of Love and Trust" e "Breath" — para a trilha sonora de Singles, filme de Cameron Crowe. Ament, Gossard e Vedder apareceram no filme sob o nome de "Citizen Dick"; suas partes foram filmadas quando o Pearl Jam ainda se chamada Mookie Blaylock.
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