segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pearl Jam - 6° Parte; Binaural e a tragédia em Roskilde: 2000—2001


Após a turnê de suporte à Yield, o Pearl Jam fez um pequena pausa, mas se reuniu novamente e, próximo ao fim de 1999, a banda começou a trabalhar em um novo álbum. Em 16 de maio de 2000, a banda lançou seu sexto álbum de estúdio, Binaural, o primeiro com Matt Cameron na bateria. O título é uma referência à técnica de gravação binaural, utilizada em diversas faixas pelo produtor Tchad Blake, conhecido pelo uso da técnica. Binaural foi o primeiro álbum da banda a não ser produzido por Brendan O'Brien, ainda que, depois, ele tenha sido chamado para mixar algumas faixas. Gossard afirmou que os membros da banda estavam "prontos para uma mudança." [Jon Pareles, da Rolling Stone, disse: "Aparentemente tão cansados do grunge como todo mundo, exceto os fãs de Creed, o Pearl Jam mergulhou em outra onda." O álbum contém letras mais sombrias do que Yield — Gossard descreveu-as como "muito sombrias". De Binaural saíram os singles "Nothing as It Seems" — uma das músicas com gravação binaural — e "Light Years". O álbum vendeu pouco mais de 700 mil cópias, se tornando o primeiro álbum de estúdio do grupo a não atingir a certificação de platina.

O Pearl Jam decidiu gravar, profissionalmente, cada um dos shows da turnê de suporte à Binaural, ocorrida em 2000, após notarem a popularidade dos bootlegs e o interesse dos fãs em possuírem uma cópias dos shows em que estiveram. A banda, no passado, estava aberta aos fãs que quisessem fazer gravações amadoras dos shows, e esses "bootlegs oficiais" foram uma tentativa de prover aos fãs um produto de melhor qualidade. A intenção da banda era lançá-los somente para os membros do fã-clube, mas o contrato de gravação do grupo os impedia; o Pearl Jam, então, lançou todos os álbuns em lojas de discos, assim como em seu fã-clube. A banda lançou 72 álbuns ao vivo entre 2000 e 2001, definindo um recorde de mais álbuns a estrearem na Billboard ao mesmo tempo.

A turnê europeia de 2000 terminou de forma trágica, com um acidente no Festival de Roskilde, na Dinamarca. Nove fãs foram pisoteados e sufocados até a morte na plateia. Após numerosos pedidos dos oficiais do Festival para que a banda parasse de tocar, eles pararam e tentaram fazer a multidão se afastar, mas já era tarde demais. As duas datas restantes da turnê foram canceladas e os membros pensaram em se aposentar depois do ocorrido. O Pearl Jam foi, inicialmente, considerado culpado pelo incidente, embora algum tempo depois, tenha se livrado da responsabilidade.

Um mês após a conclusão da turnê europeia, a banda embarcou em uma turnê norte-americana. Em 22 de outubro de 2000 a banda tocou no MGM Grand, em Las Vegas, celebrando o décimo aniversário da primeira apresentação da banda. Vedder aproveitou a oportunidade para agradecer às diversas pessoas que haviam ajudado a banda a ficar junta e chegar aos dez anos, observando que "nunca faria isso aceitando um Grammy ou coisa do tipo." A música "Alive" ficou, propositalmente, de fora de todos os shows dessa turnê até o da noite final, em Seattle; nessa noite, a banda se apresentou por mais de três horas, tocando a maioria de seus sucessos, além de covers como "The Kids Are Alright" e "Baba O'Riley", do The Who. Após o término da turnê de Binaural, o Pearl Jam lançou o Touring Band 2000, no ano seguinte, um DVD com performances selecionadas de shows da turnê norte-americana.

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, Vedder e McCready se juntaram à Neil Young para tocarem "Long Road", do EP Merkin Ball, no concerto beneficente America: A Tribute to Heroes, em 21 de setembro de 2001, que levantou fundos para as vítimas do atentado e suas famílias.

Pearl Jam - 5° Parte; No Code e Yield: 1996—1999

Após a turnê de Vitalogy, a banda voltou ao estúdio para gravar o álbum subsequente, No Code. Vedder disse que gravar No Code foi "tudo sobre ganhar perspectiva." Lançado em 27 de agosto de 1996 — exatamente cinco anos após seu primeiro álbum — No Code foi visto como uma deliberada mudança do som da banda desde Ten, favorecendo baladas e um rock de garagem barulhento. David Browne, da Entertainment Weekly afirmou que "No Code mostra uma gama maior de estados de espírito e instrumentação do que qualquer outro álbum do Pearl Jam." As letras do álbum tratam de temas como auto-examinação, onde Ament disse que "De algumas maneiras, é como a história da banda. É sobre crescer." Ainda que o álbum tenha estreado na primeira posição da Billboard, ele desceu rapidamente nas paradas. De No Code saíram os singles "Who You Are", "Hail, Hail" e "Off He Goes". Assim como em Vitalogy, a turnê de divulgação foi pequena, devido à recusa da banda em tocar nos locais da Ticketmaster. Uma turnê europeia aconteceu no outono de 1996. Gossard disse que havia "muito stress associado a tentar excursionar na época", e que "estava se tornando mais e mais difícil ficar excitado em ser parte de uma banda."

Após a curta turnê de suporte à No Code, a banda voltou à estúdio em 1997 para gravar o álbum seguinte. As sessões para o quinto álbum representaram mais um esforço em grupo entre os membros da banda. Disse Ament: "todos realmente tinham alguma um pouco a dizer na gravação […] por causa disso, todos se sentiram como uma parte integrante da banda." Em 3 de janeiro de 1998 o Pearl Jam lançou seu quinto álbum ed estúdio, Yield, que foi citado como um retorno da banda ao som roqueiro de outrora. Em relação às letras, o álbum continuou com seu estilo mais contemplativo, o mesmo encontrado em No Code, com Vedder afirmando que "O que no passado foi raiva, se tornou reflexão." Yield estreou na segunda posição da Billboard; mas, assim como No Code, caiu rápido nas paradas. Do álbum foram extraídos dois singles: "Given to Fly" e "Wishlist". A banda contratou o desenhista de HQs Todd McFarlane para criar um videoclipe animado para "Do the Evolution", o primeiro videoclipe da banda desde 1992. No mesmo ano, foi lançado um documentário detalhando o making of de Yield, intitulado Single Video Theory, lançado como VHS e DVD.

Em abril de 1998 novamente o Pearl Jam trocou de bateristas: Jack Iron, insatisfeito com as turnês, foi substituído pelo ex-baterista do Soundgarden Matt Cameron. Ainda que essa mudança tivesse sido primeiramente temporária, ele logo se tornou um substituto permanente de Irons. A turnê de 1998 em suporte à Yield marcou o retorno da banda às excursões de larga escala: a disputa judicial contra a Ticketmaster provou-se malograda e havia impedido inúmeras apresentações. Muitos fãs se queixaram da dificuldade em obter ingressos, além do uso de locais sem contrato com a Ticketmaster, definidos como distantes e impessoais. Nessa e nas turnês seguintes, o Pearl Jam voltou a usar a Ticketmaster, como forma de "melhor acomodar o público". A turnê de verão de 1998 foi um sucesso, e, após seu término, a banda lançou Live on Two Legs, um álbum ao vivo com performances selecionadas da turnê.

Em 1998, o Pearl Jam gravou "Last Kiss", uma versão cover da balada dos anos 60 de Wayne Cochran. Ela foi gravada durante uma passagem de som e lançada, naquele ano, no single de Natal especial do fã-clube da banda. No ano seguinte, essa versão foi colocada em grande rotação através do país e, devido à demanda popular, foi lançado ao público como single em 1999, com todos os lucros sendo destinados aos refugiados da Guerra do Kosovo. A banda também decidiu incluir a música em No Boundaries: A Benefit for the Kosovar Refugees, uma coletânea lançada em 1999, com os lucros indo para caridade. "Last Kiss" atingiu a segunda posição da Billboard, tornando-se o single da banda que atingiu a posição mais alta nas paradas.

sábado, 12 de novembro de 2011

Pearl Jam - 4° Parte; Lidando com o sucesso: 1993—1995

Os membros da banda ficaram desconfortáveis com o sucesso, com muito do peso da popularidade do Pearl Jam recaindo sobre Eddie Vedder. Enquanto a banda recebeu quatro prêmios no MTV Video Music Awards de 1993 pelo vídeo de "Jeremy", eles se recusaram a gravar um vídeo para "Black", apesar da pressão da gravadora. Essa ação — da recusa em fazer videoclipes para suas músicas — tornou-se recorrente na banda, apesar de os videoclipes serem uma das ferramentas mais poderosas no que diz respeito à vendas musicais que as bandas poderiam ter em seu "arsenal". Todavia, Vedder sentiu que o conceito de videoclipe tirou do ouvinte a capacidade de criar suas próprias interpretações da música, afirmando que "Antes dos videoclipes chegarem, você ouvia a música com seus fones de ouvido, sentado na cadeira, com os olhos fechados, e você chegava às suas próprias visões [...] E então, de repente, às vezes até na primeira vez que você escuta a música, ela vem com essas imagens visuais acopladas, e isso te priva de qualquer forma de auto-expressão." "Daqui a dez anos", disse Ament, "eu não quero que as pessoas se lembrem de nossas músicas como vídeos."

O Pearl Jam voltou ao estúdio no começo de 1993, com o desafio de seguir o sucesso comercial de seu primeiro álbum. McCready disse que "A banda havia explodido bem alto e tudo estava bem louco." Lançado em 19 de outubro de 1993, o segundo álbum do Pearl Jam, Vs., vendeu 950.378 cópias em sua primeira semana de lançamento, superando todos os demais álbuns, combinados, do Top 10 da Billboard. Isso definiu o recorde de mais cópias vendidas de um álbum em sua primeira semana de lançamento. Vs. deteve este recorde por cinco anos, até ser quebrado por Double Live, álbum de 1998 de Garth Brooks. Entre álbuns de rock, ele deteve o recorde por sete anos, até Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water, do Limp Bizkit, lançado em 2000. Vs. contou com os singles "Go", "Daughter", "Animals" e "Dissident". A banda decidiu reduzir a escala de seus esforços comerciais, recusando-se a produzir mais videoclipes, após o sucesso massivo de "Jeremy", e optaram por menos entrevistas e aparições televisivas. A turnê do Pearl Jam, àquela época, foi comparada com os hábitos de turnê do Led Zeppelin; Jim DeRogatis disse que a banda "ignorou a imprensa e levou sua música direto aos fãs." Durante a turnê de Vs., a banda definiu um limite nos preços dos ingressos, como forma de tentar evitar os cambistas.

Em 1994, o Pearl Jam estava "lutando em todas as frentes", como definido pelo agente da banda naquela época. A banda ficou enfurecida quando, após dois shows em Chicago, Illinois, descobriu que a Ticketmaster havia adicionado uma taxa de serviço ao preço dos ingressos. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, na época, estava investigando as práticas da companhia, pediu à banda para criar um memorando de suas experiências com a empresa. Gossard e Ament testemunharam em um subcomitê de investigação em Washington, D.C. A banda, eventualmente, cancelou sua turnê do verão de 1994 como forma de protesto. Após o Departamento de Justiça ter arquivado o caso, o Pearl Jam continuou a boicotar a Ticketmaster, recusando-se a tocar em locais que possuíssem contratos com a companhia. DeRogatis notou que, junto ao colapso da Ticketmaster, "a banda se recusou a lançar singles ou fazer clipes; ordenou que seus álbuns fossem lançados em vinil; […] queriam ser como seus heróis dos anos 60, o The Who, lançando dois ou três álbuns por ano". Ele também afirmou que, segundo fontes, a maior parte do terceiro álbum da banda, Vitalogy, fora completada no começo de 1994; todavia, um atraso forçado pela Epic Records — ou a batalha com a Ticketmaster — causaram o atraso no lançamento.

A maioria das faixas de Vitalogy foi escrita e gravada durante pausas na turnê de Vs., e tensões dentro da banda haviam crescido dramaticamente à época. O produtor Brendan O'Brien disse que "Vitalogy foi um pouco tenso. Eu estou sendo educado — tinha alguma coisa implodindo." Após o término das gravações de Vitalogy, o baterista Dave Abbruzzese foi demitido. A banda citou diferenças políticas entre Abbruzesse e os demais membros; por exemplo, o baterista não havia concordado com o boicote à Ticketmaster. Ele foi substituído por Jack Irons, o ex-baterista do Red Hot Chili Peppers que havia dado a primeira fita demo do grupo à Eddie Vedder. A estreia de Irons foi no Bridge School Benefit, evento de Neil Young, em 1994, mas ele não foi oficialmente anunciado como novo baterista da banda até 1995.

Vitalogy foi lançado em 22 de novembro de 1994 em vinil e, duas semanas depois, em 6 de dezembro de 1994, em CD e fita cassete. O CD se tornou o segundo álbum vendido mais rapidamente da história, com mais de 877 mil unidades vendidas em sua primeira semana. Stephen Thomas Erlewine, do Allmusic, disse que "graças à sua [...] produção enxuta, Vitalogy permanece como o álbum mais original e descompromissado do Pearl Jam." Muitas das canções do álbum parecem ser baseadas nas pressões da fama. A música "Spin the Black Circle", uma homenagem aos discos de vinil, ganhou um Grammy Award em 1996 por melhor performance de hard rock. "Better Man", escrita originalmente por Eddie Vedder quando estava na Bad Radio, atingiu a primeira posição da Billboard Mainstream Rock, ficando na lista por oito semanas. Considerada uma "flagrante canção pop" pelo produtor Brendan O'Brien, a banda estava relutante em gravá-la, inicialmente rejeitando-a em Vs. devido a sua acessibilidade.

A banda continuou seu boicote contra a Ticketmaster durante a turnê de 1995 para Vitalogy, mas ficou surpresa por nenhuma outra banda ter se unido à causa. A iniciativa do Pearl Jam de só tocar em locais sem contrato com a Ticketmaster impediu-os de fazer, praticamente, quaisquer shows nos Estados Unidos por três anos. Ament, mais tarde, disse: "Nós fomos tão cabeça-dura sobre a turnê de 1995. Tivemos de provar que podíamos excursionar por nós mesmos, e isso meio que nos matou, matou nossa carreira." No mesmo ano, o Pearl Jam tocou com Neil Young — notado como uma intensa influência para a banda — em seu álbum Mirror Ball e, ainda que obrigações contratuais tenham impedido que o nome da banda aparecesse em qualquer lugar do disco, todos os membros receberam créditos individuais. Duas músicas das sessões de gravação foram deixadas de fora de Mirror Ball: "I Got Id" e "Long Road", que seriam lançadas separadamentes pelo Pearl Jam em Merkin Ball, EP de 1995.

Palavras de Eddie Vedder em 1991.

Eu tenho problemas com as coisas boas que escrevem sobre o Pearl Jam. Aliás, eu tenho problemas com tudo... Gostaria de nunca ter aparecido na MTV, cara. Me sinto um bobo tendo de falar sobre a banda o tempo todo.

-- Eddie Vedder

Pearl Jam - 3° Parte; Ten e a explosão grunge: 1991—1992

O Pearl Jam entrou no estúdio London Bridge em março de 1991, para a gravação do seu primeiro álbum, Ten. McCready disse que "Ten foi sobretudo Stone e Jeff; eu e Eddie estávamos 'de carona' naquela época." Krusen deixou a banda em maio de 1991, após ter se internado em uma clínica de reabilitação; ele foi substituído por Matt Chamberlain, que havia tocado anteriormente com Edie Brickell & New Bohemians. Após participar de alguns shows — um dos quais foi filmado para o videoclipe de "Alive" — Chamberlain deixou o grupo para integrar a banda do Saturday Night Live. Chamberlain sugeriu Dave Abbruzzese em seu lugar; este uniu-se ao grupo e tocou no restante dos shows da turnê de suporte à Ten.

Lançado em 27 de agosto de 1991, Ten — homenagem ao número da camisa de Mookie Baylock — continha onze faixas que tratavam de assuntos obscuros, como depressão, suicídio, solidão e assassinato. O estilo musical de Ten, influenciado pelo rock clássico, combinou um "vocabulário harmônico expansivo" com um som icônico. Apesar de as vendas iniciais não terem sido muito rápidas, na segunda metade de 1992, tornou-se um sucesso, recebendo certificação de ouro e atingindo a segunda posição da Billboard. De Ten saíram três singles de sucesso: "Alive", "Even Flow" e "Jeremy". Originalmente interpretada com um hino para muitos, Vedder revelou, mais tarde, que "Alive" conta uma história — semi-biográfica — de um filho que descobre que o seu pai, na verdade, é seu padrasto; enquanto isso, a tristeza de sua mãe faz com que ela embrace sexualmente o filho, que se parece muito com o seu pai biológico. A música e o videoclipe de "Jeremy" foram inspirados por uma história real na qual um estudante do ensino médio atira em si próprio na frente de seus colegas de classe. Ten permaneceu na Billboard por mais de dois anos, tornando-se um dos álbuns de rock mais vendidos de sempre, recebendo por 13 vezes a certificação de disco de platina.

Com o sucesso de Ten, o Pearl Jam se tornou um membro-chave da explosão grunge em Seattle, junto de Alice in Chains, Nirvana, e Soundgarden. Todavia, a banda foi criticada pela indústria musical; a revista britânica NME disse que o Pearl Jam estava "tentando roubar dinheiro do bolso das jovens crianças alternativas." Kurt Cobain, do Nirvana, atacou o Pearl Jam ferozmente, afirmando que a banda era um sell-out comercial, dizendo que Ten não era um verdadeiro álbum alternativo por possuir proeminentes linhas de guitarra solo. Mais tarde, entretanto, Cobain se reconciliou com Vedder; eles permaneceram amigos até a morte de Cobain, em 1994.

O Pearl Jam excursionou incessantemente em suporte à Ten. Ament afirmou que "essencialmente, Ten era somente uma desculpa para excursionar", complementando, "Nós dissemos à gravadora, 'Nós sabemos que podemos ser uma grande banda, então somente nos dê a oportunidade de sair e tocar.'" O agente da banda, Kelly Curtis, disse que "Uma vez que as pessoas vinham e os viam ao vivo, essa lâmpada se acendia. Durante a primeira turnê, você meio que sabia que estava acontecendo, e não tinha como parar isso." No começo da carreira do Pearl Jam, a banda se tornou conhecida pelas suas apresentações intensas. Recordando esse tempo, Vedder disse que "[...] tocar música e então ter uma ideia ao gravar uma música, e ter um público e essas coisas, é como uma força indomável... [...] Isso vem apenas de abrir os portões." Em 1992, o Pearl Jam realizou aparições televisivas no Saturday Night Live e no MTV Unplugged, além de tocar no Lollapalooza, que também contou com Red Hot Chili Peppers, Soundgarden e Ministry, dentre outros conjuntos. Ainda naquele ano, contribuíram com duas músicas — "State of Love and Trust" e "Breath" — para a trilha sonora de Singles, filme de Cameron Crowe. Ament, Gossard e Vedder apareceram no filme sob o nome de "Citizen Dick"; suas partes foram filmadas quando o Pearl Jam ainda se chamada Mookie Blaylock.